Alguns relatos
O tradicionalista João Carlos Paixão Côrtes, em seu livro Origem da Semana Farroupilha - Primórdios do Tradicionalismo Gaúcho (1994), relata que, ao contrário do que se costuma pensar, o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) não surgiu depois da Revolução Farroupilha, em 1846, mas teve sua origem em iniciativas do Grêmio Estudantil da Escola Júlio de Castilhos (Julinho), em Porto Alegre, na primeira quinzena de setembro de 1947.
Fonte Jornal Zero Hora Para preservar o legado dos antepassados, a entidade estudantil fundou o seu Departamento de Tradições Gaúchas, representado por diversos alunos com trajes característicos e montados em pingos. No dia 7 de setembro daquele ano, antes de ser extinto o Fogo da Pátria, os cavaleiros desse departamento transportaram até o velho casarão do Julinho uma centelha de fogo, que ficaria ardendo até 20 de setembro. No período de 7 a 20 de setembro passou a ser realizada a chamada Ronda Gaúcha e, no seu decorrer, foram promovidos diversos eventos sobre temas regionais e folclóricos. O primeiro a presidir o DTG foi o próprio Paixão Côrtes. Entre as atividades estabelecidas pelo departamento para cultivar as tradições gaúchas estavam bailes, concursos de danças, trajes típicos, fotografia, literatura, desenho, publicação de artigos no jornal do Julinho, palestras com intelectuais e provas campeiras. | ||||||||||||||||||||||||||||
| O Tradicionalismo Gaúcho está entre os três maiores movimentos socio- cultural mais disciminados do mundo. Se tem registro que existe gauchada extraviada reunidos em CTG's no Japão, EUA, e alguns outros países da Europa. Este movimento, semeado lá pelo ano de 1898,com o surgimento do "Grêmio Gaúcho de Porto Alegre" ,tendo como figura maior da época o Major João Cezimbra Jacques. Até o ano de 1948, surgiram várias iniciativas no sentido de construir núcleos de culto ao gauchismo, mas foi um grupo de jovens interioranos no ano de 1947, que tiveram a felicidade de conceber uma forma associativa calcada totalmente na vivência do gaúcho campesino, do que resultou a criação do "35 Centro de Tradições Gaúchas", em abril de 1948. Depois deste pioneiro CTG, surgiram outros, e na necessidade de uma organização e orientação unificada de normas que pudessem organizar este movimento tradicionalista. Surgiu em 1966, baseada na "Carta de Princípios do Tradicionalismo Gaúcho" redigida por Glaucus Saraiva , o "Movimento Tradicionalista Gaúcho" ( MTG-RS ) . Com o espalhar das raízes para outros estados mais CTG's brotaram da saudades deste gaúchos extraviados, e junto a estes botaram também MTG's estaduais e por ultimo se deu como mais nova flor a "Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha". Hoje as sementes, se fizeram frondosas árvores, maiores que as antigas figueiras que sombreavam as tardes da estância, frente aos centenários casarões, espelhando tal recuerdo campeiro que não temos mais nestas capitais que muitos vivemos.... Cultivar o Tradicionalismo Gaúcho, é o legado que este povo grandioso, deixou como herança para este filhos, adotados ou não, passar ao próximo, sem que nunca se extinga a chama .... Fonte : Estancia Brasil O Povo Gaúcho Brasileiro é admirado no país e no mundo pela valorização e preservação das suas origens, suas raízes campesinas, sua História, seus usos e costumes tradicionais, sua cultura local. E essa sua Identidade Cultural Regionalista só será preservada e repassada de geração em geração, aos seus novos herdeiros, por meio de um trabalho diário, persistente, contínuo, de homens, mulheres, jovens e crianças Tradicionalistas. Estes, mais do que sul-rio-grandenses, sulistas ou brasileiros são gaúchos de espíritoa que conhecem e aplicam, efetivamente, a Filosofia Tradicionalista do Movimento Cultural Regionalista que os abriga. Detentores do conhecimento cultural indispensável são, por conseqüência, todos eles conscientes da necessidade de salvaguardar essa riqueza do Povo Gaúcho Sul-brasileiro, constituida por suas antigas e belas Tradições. Por isso, nos Eventos do Tradicionalismo Gaúcho todos vestem-se com a autêntica Pilcha Gaúcha Sul-rio-grandense, conforme as Diretrizes Culturais do Movimento Tradicionalista que freqüentam, calcadas na sociologia regional-tradicional dos sul-rio-grandenses; por isso dançam o Fandango Gaúcho no tradicional compasso musical da região sul-brasileira. Sabem, como Tradicionalistas que são, que na Era da Comunicação, aonde a avançada tecnologia possibilita a transmissão de qualquer tipo de informação em espantosa velocidade e em tempo real, mais do que nunca a Tradição Gaúcha Brasileira tem de ser cuidada, protegida e divulgada da forma mais correta possível, evitando-se ao máximo os indesejáveis prejuízos culturais decorrentes de algumas ações negligenciadas e irresponsáveis, pessoais ou institucionais. Assim, é pela ação coerente dos Tradicionalistas, em todos os momentos do Tradicionalismo, e especialmente naqueles em que se realizam a exposição pública da Cultura Regional dos Gaúchos Sul-brasileiros, que o seu Patrimônio Cultural poderá ser mantido e preservado para as gerações futuras. Só dessa forma o Povo Gaúcho Brasileiro continuará a ser admirado, elogiado e enaltecido pelos irmãos das demais regiões brasileiras e, também, pelo mundo: cultuando, preservando, defendendo e divulgando corretamente a sua Identidade Cultural Regionalista; as suas autênticas Tradições de Gaúchos Sul-brasileiros, esse rico legado cultural deixado por seus bravos e heróicos antepassados: os Gaúchos Campeiros do Sul do Brasil! TEXTO DE JULIO C. FERREIRA (CTG CORAÇÃO NATIVO) | . | |||||||||||||||||||||||||||
